sábado, 15 de junho de 2013

Você que uma Revolução?

"Dissemos que os santos são os verdadeiros reformadores. Agora gostaria de o expressar de modo mais radical: só dos Santos, só de Deus provém a verdadeira revolução, a mudança decisiva do mundo. No século que há pouco terminou vivemos as revoluções, cujo programa comum era não aguardar mais a intervenção de Deus, mas assumir totalmente nas próprias mãos o destino do mundo. Com isto, vimos que era sempre um ponto de vista humano e parcial a ser tomado como medida absoluta da orientação. A absolutização do que não é absoluto mas relativo chama-se totalitarismo. Não liberta o homem, mas priva-o da sua dignidade e escraviza-o. Não são as ideologias que salvam o mundo, mas unicamente dirigir-se ao Deus vivo, que é o nosso criador, a garantia da nossa liberdade, a garantia do que é deveras bom e verdadeiro. A verdadeira revolução consiste unicamente em dirigir-se sem reservas a Deus, que é a medida do que é justo e ao mesmo tempo é o amor eterno. E o que nos pode salvar a não ser o amor?" (Papa Bento XVI)
Este é um trecho do pronunciamento do Papa Bento XVI na vígilia que encerrou a JMJ de Colônia na Alemanha em 2005. Nele o Papa leva a juventude católica a refletir um pouco melhor a respeito da grande reforma que o nosso mundo tem clamado.
A insatisfação é geral e toma conta do coração de muitos de nós jovens, o nosso desejo é de ir as ruas, expressar nossos pensamentos, revolucionar mudar o que está aí. Mas há um problema, passamos mais de duas décadas INTEIRAS no Brasil sem nenhuma grande intervenção popular, em especial vinda da Juventude, o movimento Passe Livre está dividindo opiniões e tomando o país sobre as mais diversas bandeiras e caras.
Mas aí vem a pergunta que não quer calar: como unificar as vozes de  milhares de jovens pelo Brasil afora que resolveram ir as ruas após duas décadas de relativismo? Afinal tudo é relativo, eu posso levantar uma bandeira, mas discordar completamente até de maneira violenta de outra, que é levantada por outro. Hpa quem defenda o vandalismo, a quem se posicione contrário, a quem esteja indiferente.(Eu me posiciono contra pois acredito que protesto é feito para se debater idéias).Talvez o aumento abusivo das passagens de ônibus seja a única pauta unânime dessa geração de jovens que hoje toma as ruas.
Por isso hoje eu consegui entender melhor o que o Papa quis dizer a respeito da verdadeira revolução ser a Santidade. Os que buscam ser santos se fazem um, unidos por uma mesma fé, pelos mesmos ideais do que será a Civilização do Amor! As metas altíssimas de perdão e de convivência amorosa que buscamos a duras penas, vencendo diariamente o pecado que nos divide, faz se derramar sobre nós o mistério da unidade.
Mistério porque ainda que seja um ideal humano, apenas em Deus pode haver verdadeira unidade, interior e com os irmãos. Pois unidade NÃO  é pensar igual, NÃO é rezar igual, NÃO é se vestir igual. UNIDADE é de fato um  mistério, pois consiste em abraçar e acolher o diferente, até mesmo o de fé diferente, com amor.
Em busca dos ideais de um país melhor, é necessário que as Sentinelas da Manhã se levantem. É importante que no coração da noite escura profunda em que estamos, onde a falta de sentido mostra a sua cara jovens com o coração ancorado em Deus tomem as ruas e mostrem a cara dos Santos do Século XXI! Convictos de levantar as bandeiras que são em defesa da vida em todas as suas formas, desde a concepção até a sua morte natural. E vida em abundância: educação de qualidade, distribuição equalitária de renda, acesso a direitos, menos violência, menos extermínio de jovens, idosos e nascituros.
Uma voz precisa se levantar, as Sentinelas da Manhã precisam ser luz em meio a tanta escuridão.
Você que uma revolução? Comece por você: seja Santo!

PS.: Exponha sua opinião nos comentários.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Católico e Intolerante? #poser

Andaram nos últimos dois dias veiculando no facebook uma imagem aleatória dos cantores Michel Teló e Ivete Sangalo abraçados, com a seguinte mensagem escrita: "Eu sou contra cantores seculares na Jornada Mundial da Juventude 2013!!! Se você também é compartilhe!"
Notícia esta desmentida pelo COL (Comitê Organizador Local) no site oficial da JMJ. Aqui.
Feito isto venho expressar aqui uma preocupação que surgiu principalmente por um comentário feito em um dos compartilhamentos de um amigo, em que alguém bradava: "Evento Católico, gente católica!"
A principio nada de errado com a mensagem, exceto por aquilo que pode estar escondido nesta mensagem. Seríamos nós católicos uma espécie de raça eleita? De únicos detentores do amor de Deus? Seremos nós superiores a quem não frequenta a Igreja? Não teria um artista secular o direito de se apresentar na JMJ?
O Brasil sempre foi para o mundo um celeiro de grandes e renomados artistas, muitos inclusive começaram carreira lançando discos no exterior. E a música brasileira é plural, cheia de artistas excelentes e pouco conhecidos, nos mais variados ritmos para todos os gostos! TODOS MESMO!
É claro que sabemos que existe na música secular não raramente uma apologia a valores contrários ao evangelho, mas na contramão há também inúmeras músicas seculares dotadas de uma beleza tão singular, e marcadas por uma verdade tão profunda, que é difícil acreditar que não tenha sido composta por um cristão, ou feita pensando em Deus. Podemos dessa maneira encontrar presente em cada ser humano, em especial nos artistas, a beleza que nos revela o profundo da alma humana, e portanto, algo de Deus.
Sobre isso disse uma vez João Paulo II:
"Ninguém melhor do que vós, artistas, construtores geniais de beleza, pode intuir algo daquele pathos com que Deus, na aurora da criação, contemplou a obra das suas mãos. Infinitas vezes se espelhou um relance daquele sentimento no olhar com que vós — como, aliás, os artistas de todos os tempos —, maravilhados com o arcano poder dos sons e das palavras, das cores e das formas, vos pusestes a admirar a obra nascida do vosso gênio artístico, quase sentindo o eco daquele mistério da criação a que Deus, único criador de todas as coisas, de algum modo vos quis associar." (Fonte: Carta do Papa João Paulo II aos Artistas 1999)
Sendo assim, podemos sair do nosso lugar de perfeitos, assumir cada um que somos todos fracos, pobres, dependentes do Amor de Deus. E porque não rezar também com uma música secular? 
Quem ao se deparar pela primeira vez com o Amor de Deus não se sentiu como o eu lírico de Palavras ao Vento?



Ou quem nunca quis sair cantando como Ainda Bem diante do verdadeiro Amor que não passa?


Quem nunca quis adorar a Jesus dizendo as palavras de Velha Infância?



 Ou quem nunca se sentiu o Filho Pródigo retratado com maestria em Tal Liberdade, e quis o quanto antes voltar pra Cristo?



Ou ainda diante da ousadia da missão, não se questionou: Quem sabe isso quer dizer Amor?


Claro que não quis aqui ser pretensioso e encerrar um assunto que dá pano pra manga em um pequeno post. Mas pergunto a você amigo, qual a sua contribuição? Qual a sua Opinião?

Encerro com a citação no site da COL:
Por fim, convidamos a todos para que participem da Jornada Mundial da Juventude Rio2013, experiência única para a cidade do Rio de Janeiro e para todo o Brasil. Com certeza, será uma grande oportunidade para compartilharmos os valores fraternos, gerados e construídos na fé, no amor e na caridade, presentes na juventude. Dessa forma, acreditamos que os jovens, nas mais diversas expressões, estilos e tribos, são um tesouro que deve ser abraçado e promovido pela Igreja, pela sociedade e pelo Estado.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Desabafo

Detesto criar polêmica, principalmente sobre religião, mas, sinceramente, já faz muito tempo que cansei dessa moda de todo mundo falar mal dos católicos e da Igreja, como se apenas católicos falarem mal de outras religiões ou de ateus fosse preconceito ou falta de respeito... “católicos são burros”, “católicos são ignorantes”, “católicos são preconceituosos”. Interessante ver que tanta gente conhece TODOS os católicos do mundo a fundo e pode avalia-los de uma só vez.

Como disse um grande amigo meu (ateu) sobre as polêmicas do Halloween, se a sua convicção, por si só, ofende as outras pessoas, pense novamente sobre ela. Jogo essa bola pros não católicos dessa vez...

Sou católica há 16 anos e, de lá pra cá, li praticamente todos os documentos lançados pelos papas e não sou capaz de avaliar o conclave papal, não faço ideia da atuação dos cardeais. Mas, de repente, todo mundo no facebook conhece pessoalmente, pelo menos, uns três cardeais, entende tudo das leis canônicas, do Catecismo da igreja e sabe tudo sobre a teologia do Ratzinger sem nunca ter lido uma declaração oficial sua na íntegra. De repente, todo mundo que não entra na igreja desde q foi batizado – se foi – sabe tudo sobre as necessidades da igreja, gente que não sabe a diferença entre um frei e um padre sabe tudo sobre a realidade dos seminários.

A Igreja deveria vender seu ouro pra acabar com a pobreza do mundo? Sim, e o Louvre também deveria vender seu acervo em prol dos países que a França colonizou, o Brasil também deveria vender a Amazônia para acabar com a pobreza do Nordeste? Só me faltava essa! E mandar o dinheiro pros governos da África, do Nordeste, ia, certamente, acabar com a cultura de corrupção e a burocracia local.

O Vaticano é rico porque tem dinheiro para ser financeiramente autônomo? Pois que ótimo, porque é um Estado e não um parque, como a Disney. Os católicos não tem interesse nenhum em entregar o Santo Sudário, as relíquias de Lanciano e tantas outras pra ficarem pulando de um laboratório científico pra outro pra satisfazer a curiosidade de quem nada tem a ver com a fé católica, inclusive porque nossa fé não se baseia nessas coisas, mas em Deus.

Parem de dizer que o Ratzinger é nazista, porque se alistamento militar é obrigatório no Brasil, que é um país desorganizado e que não esteve em guerra recentemente, quanto mais numa Alemanha ditatorial pós-Primeira Guerra.

Tenhamos um pouco de senso crítico ao analisar o que a mídia vomita sobre nós, por favor.

E, por fim, entendam: o que faz uma pessoa sair do conforto da sua casa todos os domingos e deixar de ver um filme, tirar uma soneca, ler um livro, NÃO é um conjunto de ritos mecânicos, mas é uma experiência íntima com Deus. Se você não teve, não seja preconceituoso a ponto de julgar o que você não conhece. Respeite.

Pronto, desabafei. (by: Ana Paula Pur)


(Texto estraído do facebook, com postagem permitida pela autora)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Renúncia do Papa e as nossa renúncias!

"Se a sua mão ou o seu pé é ocasião de escândalo para você, corte-o e jogue-o para longe de você. É melhor para você entrar para a vida sem uma das mãos, ou sem um dos pés, do que ter as duas mãos ou os dois pés, e ser lançado no fogo eterno.
E se o seu olho é ocasião de escândalo para você, arranque-o e jogue-o para longe de você. É melhor para você entrar para a vida com um olho só, do que ter os dois olhos, e ser jogado no inferno de fogo" (Mt 18, 8-9)

Já não é mais novidade para o mundo que no dia 28/02 às 20 horas, horário de Roma, o então Papa Bento XVI deixará de ocupar seu lugar como chefe da Igreja e do Vaticano, para que outro mais jovem assuma o seu posto. Vejo na atitude do Papa um exemplo maravilhoso para todos os cristãos, de um verdadeiro e autêntico cristianismo, no lugar de gerar uma crise, este ato deve reforçar em nós a fé, e nos fazer perceber que temos diante de nós um homem que inspirado pelo Espírito, sabe ler os sinais dos tempos.
Vivemos cercados de um cultura profundamente individualista e hedonista, a mentalidade predominante nos diz que devemos sempre buscar aquilo que satisfaça o MEU prazer(!), sendo assim é impossível optar ou renunciar a qualquer coisa, somos ensinados a reter tudo para nós sem o menor discernimento. E desta cultura sobre a desculpa de nos fazer livres, nasce uma geração que tem uma dificuldade muito grande em renunciar, em dizer não àquilo que começa a atrapalhar o nosso desejo de fazer a vontade de Deus. E a verdade é que somos cativos desta visão deturpada de liberdade, por mais paradoxal que isto possa parecer, pois a liberdade significa poder de decisão e a decisão implica em uma cisão com tudo aquilo que não é bom para mim.
Santo Inácio nos Exercícios Espirituais vai dizer sobre o nosso Princípio de Fundamento:
[...]é necessário tornar-nos indiferentes a respeito de todas as coisas criadas em tudo aquilo que depende da escolha do nosso livre-arbítrio, e não lhe é proibido. De tal maneira que, de nossa parte, não queiramos mais saúde que doença, riqueza que pobreza, honra que desonra, vida longa que breve, e assim por diante em tudo o mais, desejando e escolhendo apenas o que mais nos conduz ao fim para que somos criados. (EE 23)
Sendo assim o homem verdadeiramente livre, é aquele que consegue optar por aquilo que mais o beneficia, descobrindo em Deus o absoluto e relativizando todo o resto, pois é apenas meio para alcançarmos o nosso fim, que é louvar, reverenciar e servir a Deus. O apego vem nos atrapalhar a de fato fazer essa vontade de Deus e alcançar o seu projeto. Sendo assim, podemos entender que o Papa percebeu que para o futuro da Igreja, hoje é necessário alguém mais apto a enfrentar os desafios que surgem a cada ano, e entende que a sua saída seja necessária. O que ele talvez não perceba que faz também, é nos levar a refletir, afinal não é todo dia que vemos um chefe de estado renunciar ao seu poder, e isto assusta, a mídia e algumas pessoas querem especulam motivos, pressões, crises, escândalos. E a cada busca desenfreada fica mais visível o motivo real: a própria consciência do Papa.
Devemos também nós fazer como ele e examinar a nossa consciência: quais tem sido as minhas renúncias? Eu tenho renunciado a mim mesmo? Será que sou capaz de abrir mão de momentos de lazer, ou de descanso para ir ao encontro do outro, mesmo que isso não seja prazeroso? Tenho cumprido com os compromissos que assumo com os irmãos, ou eu vou a Igreja simplesmente quando eu sinto um "arrepio" ou eu choro?
Me choca hoje, ver jovens que assumem seus compromissos e não são capazes de cumprir. Perdem a sua juventude, pois nos lugar de fazer algo que dê sentido, acabam ficando com medo de optar por Cristo, e ficam a deriva entre a Igreja e o Mundo. Renunciemos, façamos como o Papa, ouçamos as duras palavras do Evangelho: "Se é ocasião de escândalo ARRANCA!".

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Ao Eterno Amor

‎"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio junto de Deus.
Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito.
Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens.
A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. [...]
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade." Jo 1, 1-5.14

"hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor." Lc 2,11


Não se sabe ao certo em que data exata o Senhor nasceu, mas a tradição da Igreja resolveu reservar uma data para lembrar este mistério que envolver todo o cristianismo. Pois é o próprio Deus que se faz humano, e vem resgatar a realidade caída do homem que se afastou do seu plano original, é o Emanuel que vem ser um Deus conosco, o Deus que se faz amigo, que come na nossa casa, conversa olhando no olho. É o médico que vem ao encontro de quem está doente, é o médico que deixa o seu consultório e vai as ruas, curar e libertar toda a nossa humanidade.
O ser humano é extremamente limitado, pobre, pecador, preso em seu egoísmo, auto-centrado. Mas Cristo  vem inaugurar uma nova realidade, vem mostrar que o ser humano por ser mais, deve ser mais: Imagem e Semelhança do Amor!!!
Por isso independente de datas, você cristão não deixe de fazer memória do nascimento do Deus feito gente, igual a nós em tudo, menos no pecado, e o imitemos. Sejamos misericordiosos, inauguremos um ano da graça da parte do Senhor em nossas vidas, vamos jogar os fardos das mágoas e das tristezas fora, e nos alegrar, porque o Deus vivo e presente habita no nosso meio!
Feliz Natal!!!

domingo, 25 de novembro de 2012

Não precisa morrer pra ver Deus!

Na terra do politicamente correto, quem tem opinião é fanático!
Desde sábado uma discussão acalourada no facebook, me levou a refletir sobre o esvaziamento da fé em nossas paróquias e comunidades, a fé cristã e a tradição da Igreja tem dado lugar a um sincretismo religioso perigoso para a fé. Principalmente por estar disfarçado de diálogo interreligioso.
Primeiramente gostaria de esclarecer sobre o diálogo. Pela origem da palavra, dialógo significam dois conhecimentos distintos, ou seja, o diálogo verdadeiro só ocorre quando as diferenças são exaltadas. Só posso dialogar a partir de um ponto de vista prévio, logo, concordar é uma coisa, dialogar é outra, absurdamente distinta. Eu não dialogo com quem comunga dos mesmo principios que eu, eu comungo, eu partilho, diálogo ocorre quando estou diante do diferente.
Em segundo lugar queria esclarecer o que vem a ser sincretismo religioso. Sincretismo é misturar as diversas tradições religiosas, sobre a idéia de estar respeitando a todas, eu crio para mim um Deus a moda do freguês, pego um pouco de budismo, um pouco de induismo, um pouco de umbanda, um pouco de catolicismo, e voilá! Tenho um Deus a minha imagem e semelhança.
O que as pessoas que comungam dessa idéia não veêm é que isso é um deserviço para cada uma dessas tradições religiosas, pois acabo por desrespeitar a diversidade e a beleza de cada uma. Todas as religiões tem a suas exigências, de desapego e de busca de algo maior, e quando eu pego só o que me interessa eu abandono o pacote completo, e fico numa fé água com açucar que não me leva a ser melhor, mas sim e me leva numa onda de "deixa a vida me levar" eterna. Vou onde me dá prazer.
Explicado isso, venho expressar a minha opinião, dizendo que é IMPORTANTE no mundo de hoje que as religiões sejam sinal de união. Temos que parar de demonizar a religião do outro, e devemos respeitar a pessoa, pois corremos o risco de lançar a pessoa toda fora, simplesmente por ela crer e rezar diferente de mim! MAS por outro lado eu só posso fazer bem ao outro, quando estou ENRAIZADO na minha fé, eu só posso ser católico de dialogar com um espírita, se eu eu for profundamente consciente da minha fé, sendo assim poderei ouvir, entender e discordar, mas respeitar.
Portanto acho uma tristeza ver líderes da Igreja católica e jovens, que já se venderam por esse modelo água com açucar de fé, comprando tudo quanto é ideologia e enfraquecendo a verdadeira fé no Cristo Salvador da humanidade. Pensam assim: "todos tem razão ao falar de Cristo: Kardec tem razão, Marx tem razão, a minha avó tem razão. Mas o papa? não aquele lá está errado tadinho, é gagá!"
Precisamos ter coerência com a nossa fé, buscar alimento sólido, ser firme na busca pela santidade. e fugir, fugira rápido, fugir pra longe do sincretismo.
Por fim dou a palavra a Congregação para a Doutrina da fé, com seu presidente, o então Cardeal Joseph Ratzinger, atual Papa Bento XVI:

4.  O perene anúncio missionário da Igreja é hoje posto em causa por teorias de índole relativista, que pretendem justificar o pluralismo religioso, não apenas de facto, mas também de iure (ou de principio). Daí que se considerem superadas, por exemplo, verdades como o carácter definitivo e completo da revelação de Jesus Cristo, a natureza da fé cristã em relação com a crença nas outras religiões, o carácter inspirado dos livros da Sagrada Escritura, a unidade pessoal entre o Verbo eterno e Jesus de Nazaré, a unidade da economia do Verbo Encarnado e do Espírito Santo, a unicidade e universalidade salvífica do mistério de Jesus Cristo, a mediação salvífica universal da Igreja, a não separação, embora com distinção, do Reino de Deus, Reino de Cristo e Igreja, a subsistência na Igreja Católica da única Igreja de Cristo.
Na raiz destas afirmações encontram-se certos pressupostos, de natureza tanto filosófica como teológica, que dificultam a compreensão e a aceitação da verdade revelada. Podem indicar-se alguns: a convicção de não se poder alcançar nem exprimir a verdade divina, nem mesmo através da revelação cristã; uma atitude relativista perante a verdade, segundo a qual, o que é verdadeiro para alguns não o é para outros; a contraposição radical que se põe entre a mentalidade lógica ocidental e a mentalidade simbólica oriental; o subjectivismo de quem, considerando a razão como única fonte de conhecimento, se sente « incapaz de levantar o olhar para o alto e de ousar atingir a verdade do ser »;8 a dificuldade de ver e aceitar na história a presença de acontecimentos definitivos e escatológicos; o vazio metafísico do evento da encarnação histórica do Logos eterno, reduzido a um simples aparecer de Deus na história; o eclectismo de quem, na investigação teológica, toma ideias provenientes de diferentes contextos filosóficos e religiosos, sem se importar da sua coerência e conexão sistemática, nem da sua compatibilidade com a verdade cristã; a tendência, enfim, a ler e interpretar a Sagrada Escritura à margem da Tradição e do Magistério da Igreja.
Na base destes pressupostos, que se apresentam com matizes diferentes, por vezes como afirmações e outras vezes como hipóteses, elaboram-se propostas teológicas, em que a revelação cristã e o mistério de Jesus Cristo e da Igreja perdem o seu carácter de verdade absoluta e de universalidade salvífica, ou ao menos se projecta sobre elas uma sombra de dúvida e de insegurança.

Fonte: http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20000806_dominus-iesus_po.html

domingo, 14 de outubro de 2012

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